Kenya Ortiz

Kenya Ortiz

O racismo institucional na construção de chatbots

Não há dúvidas de que os chatbots chegaram revolucionando o mercado de atendimento ao cliente em diversos setores da indústria brasileira. No cenário nacional, há cerca de 17 mil bots que trafegam, em média, 800 milhões de mensagens ao mês (Mapa do Ecossistema Brasileiro de Bots 2018 -- Panorama Mobile Time).

Também conhecidos como "assistentes virtuais", alguns chatbots são capazes de realizar tarefas que antes dependiam da interação entre pessoas, seja por presença física, como em lojas de varejo, seja à distância, por telefone, como em call centers e serviços de atendimento ao cliente (SAC).

Mas o que o racismo institucional tem a ver com essa tecnologia? Que tipos de problemas sociais o uso de chatbots pode amplificar? Se os avanços da inteligência artificial (IA, sigla em inglês) e do processamento de linguagem natural (NLP, sigla em inglês) não estão desassociados da sociedade, como os chatbots podem expôr e perpetuar problemas sociais comuns nos contextos em que são criados e utilizados?

A proposta da palestra "O racismo institucional na construção de chatbots" é o de responder essas questões tendo como ponto de referência o mercado nacional de chatbots. Além de exemplificar casos em que a "humanização" dos assistentes virtuais manifestam como as empresas brasileiras sustentam estigmas de práticas e comportamentos discriminatórios nas estruturas de organização interna (nas instituições) e da sociedade.


Sobre a palestrante

Em 2018, iniciei minha trajetória na Ubots, empresa brasileira especializada em desenvolver soluções para digitalização do atendimento para grandes empresas. Sou bacharela em Letras pela UFRGS e atuo como linguista computacional há quase um ano.

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